More than words!

 

 

A noite chegou e com ela uma vontade imensa de escrever. Escrever sobre as palavras. Escrever sobre seus significados. Escrever sobre suas intenções. As palavras que podem acalmar, que podem alegrar, que podem confortar. As palavras que podem machucar, que podem iludir, que podem matar.

Que podem marcar.

Eu queria entender o dom que as pessoas tem de iludir. E queria também entender o dom que as pessoas tem de amar. E entender a facilidade com que elas conseguem passar de um estágio ao outro, assim, sem nenhuma restrição ou exceção.

Como as pessoas usam as palavras!

Quando somos crianças é tudo tão mais simples. Tudo tão mais honesto. Tão mais puro. E então a gente cresce e apanha da vida por algumas vezes. E aprende que as palavras podem sem usadas a nosso favor quando há um jogo de interesses, quando há desejo, quando há necessidade. Até mesmo quando não há nada disso. Aprendemos a deturpar os valores, a deturpar os significados, a manipular o seu uso. Aprendemos que com elas podemos curar, mas também podemos ferir.

E as vezes essas feridas são tão profundas que causam cicatrizes.

Quando se trata de amor então! E quando se trata de paixão!? E de tesão!? Cara, que poder avassalador elas carregam quando usadas nessas situações. Acontece que nós esquecemos que toda moeda tem dois lados. Esquecemos que tudo que vai, volta. Esquecemos que um dia é do caçador, o outro da caça.

Falamos a verdade e recebemos a verdade. Falamos a verdade e recebemos a mentira. Somos sinceros e recebemos a sinceridade. Somos sinceros e recebemos a ilusão. E como distinguir o que elas realmente significam?

Eu sou adepta do “em boca fechada não entra mosquito”. Do “quanto mais verdadeira, melhor”. Do “só fale de sentimentos quando verdadeiramente os sentir”. Do “não carregue suas palavras de coisas que não gostaria de receber”.

A verdade é que, talvez, nós nunca vamos saber com qual intenção elas estão chegando até nós. Podemos garantir as que saem de nós. As vezes nem isso. Para evitar maiores danos, viva aquilo que você prega! Sinta aquilo que você declara! Seja honesto com você mesmo. E não, não deixe que o momento justifique o uso de suas palavras. Elas são como um travesseiro de penas balançado em meio ao vendaval: elas irão de espalhar e jamais poderão ser recuperadas em sua totalidade. O estrago pode ser grande… e irreversível.

 

Beijos a todos… sejam bem vindos de volta!   😉

Lê.